sexta-feira, 11 de junho de 2010

continuação 14

Aquelas palavras arrepiaram todo o meu corpo, do dedão do pé até o meu último fio de cabelo. Foi ali, que eu tive certeza, que se eu não o matasse, eu e Bruno nunca ficaríamos juntos, nunca conseguiríamos realizar todos os nossos planos e desejos que fizemos na nossa primeira noite de amor. Uma lágrima escorre do meu rosto, a dor que sentia no meu peito era muito grande, agora que eu havia encontrado o amor da minha vida, eu o perderia? E por causa do Rodrigo, aquele monstro que só me machucou e me fez sofrer?
As marcas do descaso de Rodrigo ficaram no meu corpo para sempre, e também no meu coração. Os ferimentos ainda doíam, não haviam cicatrizado e só me fazia lembrar do ódio que eu tinha de Rodrigo a partir do que ele me fez. Olho para Rodrigo e vejo lágrimas escorrendo em seu rosto, mas não eram lágrimas de dor, isso era nítido. Eram lágrimas de ódio, de rancor, de desamor. Nós nos olhamos e vimos o que uma mentira havia feito com uma amizade, um amor, um companheirismo.
Ele se dirigia até mim, com uma cara irada, que me apavorara, mas algo me deu forças, acho que foi aquele colar que Bruno havia me dado, me deu uma força pra lutar pelo amor que eu havia descoberto... o verdadeiro amor, e isso claro que isso só aconteceu por Bruno.
Olhei para ele com uma cara enfurecida também e corri para o sofá pegar a arma, mas havia me esquecido do quanto ele é rápido, e quando já estava com ela na mão, me virando para aponta-la para ele, o monstro já estava na minha frente tentando tirar a arma da minha mão.
É incrível como nas horas que estamos nervosos surge forças estranhas dentro de nós, forças que nos tornam outras pessoas no momento do nervo. Foi assim comigo. Ele tentava puxar da minha mão a arma com toda aquela força, mas eu consegui mantê-la comigo, e consegui. Aquele santo que o Bruno havia me apresentado era forte mesmo.
Mirei o mais rápido que pude, mais ele foi mais rápido. Pulou em cima de mim tentando tirar a arma de minha mão e me matar, mas como sempre meu anjo apareceu, o homem da minha vida, o amor que sempre sonhei pra mim. Bruno abre a porta rapidamente com uma faca de prata, e corre para jogar Rodrigo longe de mim, mais aquele monstro era muito forte, quase que imbatível. Rodrigo pega a faca da mão de Bruno, o deixando quase que indefeso, mas me lembro da arma e rapidamente a entrego para Bruno.

Nenhum comentário:

Postar um comentário