domingo, 18 de abril de 2010

continuação 10

Ele sorriu como se tudo aquilo que eu tivesse dito tudo o que ele mais queria ouvir. Eu sentia que se eu não tivesse dito todas aquelas palavras para o meu amor, ele iria desistir de tudo, e me abandonar, mesmo que me amasse, mesmo que doesse. Ele me deu um beijo com vontade, com desejo, com todo o amor que ele sentia por mim, e que ele nunca mais havia de pensar em me deixar, e esforcei pra que minhas dores não transparecessem, mas não consegui, logo uma dor lá do fundo apareceu, e meu querido, sem querer me ferir, parou e olhou meus olhos sorridentes :
- Amor, não querendo tocar naquele assunto, mais já tocando, você quer mesmo fazer aquele nosso plano, sobre o Rodrigo ? Tem certeza que quer correr todo aquele risco? Se não eu mesmo tento matar aquele monstro ...
-Eu prometi pra mim Bruno, que depois de tudo que ele fez pra mim, de todas essas cicatrizes que vou carregar pro resto da minha vida, eu vou matar aquele infeliz! Eu quero fazer isso e vamos fazer isso juntos !
Estava muito tarde, e eu deitada no colo do meu anjo protetor, daquele que eu iria viver resto da minha vida. Sinto uma certa leveza, e algo começando a se movimentar. Acho estranho e abro os olhos, para garantir, pois tudo que me parecia estranho tinha o medo de que fosse Rodrigo, mas vejo que estava sendo levada para cama pelo Bruno.
Ele me coloca delicadamente, e eu já totalmente despertada, olho nos seus olhos lindos e azuis. Como uma pessoa podia ser tão perfeita, ter traços tão delicados e tão lindos? Cada vez mais que eu o admirava e pensava nele, mais eu sabia que ele era o amor da minha vida.
Nós, deitados juntos naquela cama, um olhando para o outro, tendo trocas de carinho e declarações de amor. Naquele momento eu senti um aperto no meu coração, como se fosse um pressentimento de que algo não daria certo, que algo daria errado. Então resolvi fazer o que me veio a mente. Aproveitar cada segundo com ele, porque não queria que se acaso algo de ruim desse errado, não ter sentido o calor de seu corpo, não ter tido aquela união, não ter deixado transbordar todo aquele amor que nós tínhamos um pelo outro.
Comecei a beijá-lo como nunca havia beijado ninguém, senti tanto amor, senti tanto prazer, que não seria difícil me entregar á ele. Percebi que ele também sentia algo diferente, como se aquele fosse o nosso último momento juntos, e foi tudo muito intenso, com muito amor. Todos os meus ferimentos, eu havia me esquecido, e naquele momento só existia desejo, amor e prazer. Eu o amei, como nunca havia amado ninguém, nunca ninguém me teve nos braços, e me feito tão feliz e tão realizada como ele me fez.
O dia seguinte seria longo e muito perigoso, precisaríamos descansar e ser precisos em tudo que faríamos amanhã que dormimos, mas juntos, com nossos corpos nos aquecendo. Será que algo poderia estragar esse momento tão perfeito ? Será que todo aquele pressentimento que eu e o Bruno tivemos se concretizaria? Estava com medo que de que algo acabasse mal.

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