quarta-feira, 21 de abril de 2010

continuação 12

Estávamos preparados para colocar o nosso plano em ação. Pelo menos ele achava, mas eu não, eu estava totalmente insegura, e nervosa, porque aquela sensação que eu e Bruno tivemos não podia ser bobeira, era coincidência demais, nós dois sentirmos a mesma coisa, sobre o mesmo assunto. Estava com muito medo, meu coração chorava, só de pensar na possibilidade de algo dar errado e eu perder o meu amor. Ou até mesmo eu morrer e deixá-lo aqui sozinho, sem mim. Nós nascemos pra viver e morrer juntos, somos almas gêmeas, nada neste mundo teria o direito de nos separar, assim eu penso, mas será que alguém poderia fazer isso ?
Estava na hora de o Bruno me deixar sozinha para que o Rodrigo viesse até mim. Antes ele esconde a arma cheia de balas de prata para que eu possa acertar ele e deixá-lo desacordado ele á deixa em um lugar até que fácil para eu pegar, em baixo, bem escondidinha, das almofadas do sofá. Se ele não me mostrasse onde estava eu não saberia. Ele estava abrindo a porta até que eu o chamei:
-Bruno, espere. Eu só queria dizer antes de você ir, que te amo demais, te amo além da vida. Digo isso pra você nunca se esquecer, nunca nem sequer pensar que um dia eu não te amei de verdade. Eu te amei e te amo mais até que a mim mesma, mais que tudo nesta minha vida, e se algo der errado, eu vou te esperar na eternidade.
-Phellipa, não se preocupe meu amor, eu sempre soube disso, e nunca vou esquecer. Nada dará errado meu amor, tudo dará certo, vamos ficar juntos até que a velhice chegue, e quando nós partirmos, vamos juntos, nada poderá nos separar, esse amor que sentimos é forte demais para isso. Eu te amo demais Phellipa, muito mais do que você imagina.
Após essas palavras reconfortantes de Bruno, eu realmente acreditei que nada daria errado e que nós venceríamos, viveríamos, e envelheceríamos juntos. Eu dei o abraço mais forte que pude, não queria ficar sem ele nem se quer um minuto, mas era preciso. Encostei meus lábios nos dele, e dei um beijo, o mais apaixonado possível, mas era quase que inevitável ser um beijo de despedida, com gosto de lágrimas, mas ele sussurrou no meu ouvido novamente que tudo daria certo, e que me amava muito mais do que eu poderia imaginar.
Ele partiu, e foi para longe, onde o Rodrigo não sentisse o cheiro dele. Eu estava apavorada, até que percebi algo gelado em volta do meu pescoço, pareia-me uma jóia, um colar. Aquilo era arte do Bruno, aposto que quando estava dormindo, colocou alguma coisa pra eu sempre lembrar dele. Puxei o colar, que estava dentro da minha blusa, e vi um pingente de São Jorge, ele era muito devoto daquele santo, ele havia me dito que esse santo tinha sido um guerreiro romano, e segundo uma lenda, havia matado o dragão sem medo nenhum, em cima do seu lindo cavalo branco. Me senti segura, reconfortada. E orei muito á aquele santo, segurei bem firme em minhas mãos aquele lindo pingente, e orei para que eu conseguisse assim como ele matar aquele monstro, e que eu pudesse ser feliz. Sei que nada nem ninguém tem o direito de tirar a vida de algum ser, além de Deus, mas que tudo que fosse feito, fosse para o bem de todos, para que ele nunca deixasse que o meu amor e o do Bruno fosse separado.

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