domingo, 4 de abril de 2010

Curtam a Web : - O dia que a noite virou casa do medo

Era noite. Mas não era uma noite comum, estava mais noite que todas as noites que eu já vi em toda a minha vida. Eu senti um arrepio na espinha, me arrepiei inteira. Olho para o chão vejo meus pés descalços e meu vestido todo rasgado. Minhas mãos todas sujas, as unhas também, estava toda machucada, arranhada. Mas porquê de tudo aquilo ? É como se uma parte da minha memória houvesse sido apagada e não me lembrava do que havia acontecido, só sabia que estava com um medo que me dava vontade de gritar, e sabia que algo estava atrás de mim.
E uma idéia veio em minha mente, fui me esconder atrás de uma grande árvore na floresta pra ver se o que tanto me perseguia e tanto me amedrontava. Esperei alguns minutos e vi um ser vindo e procurando algo, mas não era um ser comum, era metade homem, metade lobo. Ai tive certeza, estava fugindo de um lobisomem.
Mas ele sentia meu cheiro, e estava vindo em minha direção, o que eu iria fazer? Minhas mãos tremiam, meu corpo doía e nenhuma idéia vinha a minha mente. Até que silenciosamente, peguei um grande graveto que estava no chão e passei em meu corpo, para que o graveto carregasse o meu cheiro. E o joguei longe, o mais longe que eu pude, e o monstro saiu correndo em direção do graveto. E eu corri longe em direção a minha casa do campo, pegar minhas coisas, minha chave do carro e sair dali. Precisava pegar o Rodrigo e sair de lá, mas corri em toda a casa, em todos os cômodos, subi e desci as escadas, com meu pé sangrando demais e doendo mais que tudo, mas nada de achar o Rodrigo.

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