domingo, 4 de abril de 2010

continuação 4

Sentei no sofá, e o Bruno ao meu lado, sempre atencioso, pergunta :
-Você acha que ficará bem aqui, com tantas lembranças do seu amigo, que provavelmente suspeitamos que esteja morto ? Não quer que eu fique aqui com você pelo menos essa noite?
- Pois é né? Eu sou sozinha nesta cidade, minha família mora longe, gostaria muito que alguém ficasse aqui comigo, porque a única pessoa que conhecia aqui nesta cidade era o Rodrigo e ...
-Mas agora você tem a mim, mesmo sendo um delegado, estando ajudando neste caso, sou seu amigo, só quero o seu bem Phellipa – ele pega a minha mão, e me puxa, fazendo assim que me abraçasse, um abraço demonstrando carinho, talvez até amor.
Rodrigo, na verdade, era meu namorado, sofri muito com essa possível morte dele, mas com o Bruno é diferente, é como se eu tivesse me enfeitiçado por ele, agora sim acredito em amor a primeira vista. Logo que vi aquele homem, senti algo especial, é difícil de explicar, conversando com ele, é como se nós fossemos feitos um para o outro, não era fácil disfarçar essa fascinação que criei sobre o Bruno, e eu acho que finalmente posso chamar isso de amor.
Bruno deu uma saída para pegar alguns objetos pessoais, para que ele pudesse dormir em casa. Enquanto isso, eu peguei meu notebook e comecei a pesquisar sobre seres com aquelas características que eu vi, e para minha surpresa, eu estava totalmente certa desde o início, era um lobisomem. Mas como, aliás, quem poderia ser o lobisomem, sendo que a minha casa é no meio de uma floresta, não há pessoas morando perto daquela casa, só estando eu e o Rodrigo?

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