domingo, 4 de abril de 2010

continuação 7

Estava deitada no chão da sala, em meios aos meus pensamentos de tortura a mim mesma, nos pensamentos que me puniam, por ter me apaixonado uma vez pelo Rodrigo, até que sinto novamente uma mão masculina, olho com cara de dor para ver quem é, e nunca fico tão feliz em ver o Bruno. Aquela cara de anjo, aqueles olhos, aquele corpo quente e aconchegante, aquela voz que nos faz tão bem, aquele hálito fresco que nos faz sentir viva, nos faz sentir o amor e o afeto tocar o nosso corpo e o coração.
Ele me vê toda ferida novamente e me pergunta o que aconteceu, e eu logo conto minhas descobertas: de que o Rodrigo era o lobisomem, segundo as características que achei nas pesquisas; de que ele me odeia agora e que durante todo esse período de lua cheia, ele irá me perseguir, e querer vingança, mas o Bruno, meio confuso, me pergunta:
-Por que de vingança Phellipa ?
-Por eu ter deixado ele lá, por eu ter esquecido ele tão facilmente, e ter descoberto o amor – era hora deu contar sobre o que estava sentindo, o que me passava pela mente.
- Descoberto o amor? Por quem Phellipa ? – ele me olha com um olhar de que sabe do que se trata, que sabe quem é, mas quer que eu fale, e me puxa para junto dele, e começa a olhar meus novos ferimentos.
-Sim Bruno, durante todas essas semanas, todo esse tempo que nós nos conhecemos, que conversamos, eu me encantei por você. No mesmo dia que você entrou na minha sala do hospital, eu senti algo diferente por você, acho que amor. Eu sei que só sou uma pessoa que foi ferida e que você tem que ajudar mas eu queria, muito mesmo, ter você comigo, não só me ajudando, mas sim sendo meu companheiro, meu amor, meu namorado.
-Phellipa querida, só você não tinha percebido que logo quando eu te vi, me encantei por teu olhar, mesmo você estando naquele estado, eu me apaixonei, e jurei pra mim que teria você pra mim, e que te protegeria em todos os seus passos e em todos os dias de sua vida!
Quando ele terminou de falar tudo aquilo pra mim, eu olhei para seus olhos, e vi que estavam brilhantes e que mostravam verdade em cada uma de suas palavras. Ele aproximou sua boca carnuda, de anjo, para perto da minha, e nossos lábios se tocaram. O nosso beijo era como tocar de sinos de anjos no céu, como se todos os seres do mundo estivessem a nosso favor, aquele beijo quente, com desejo, com vontade de querer viver todos os dias de nossas vidas juntos.
Logo paramos o nosso beijo, porque lembrei dos meus ferimentos, e soltei um gemido de dor, até que demos risadas juntos. Ele pegou, dentro de sua mala, um conjunto de primeiro socorros, porque na verdade não eram ferimentos que necessitavam de pontos, mas curativos e pontos falsos. Seu carinho e cuidado que ele tomava para que eu não sentisse dor, não pensasse coisas ruins, ele conversava enquanto fazia os procedimentos, me fazia rir, mesmo que sem ele perceber, fazia com que o ponto que eu tinha na barriga sangrasse um pouco mais.

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